De Stonewall para São Paulo – Após dois anos de evento online, a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo aconteceu neste domingo (19), levando quatro milhões de pessoas às ruas da Paulista, com atrações grandiosas em seus trios, como Pabllo Vittar e Luisa Sonza. Mas, a parada do Orgulho tem uma história de muito antes disso.

Antes mesmo de se contar a história da rebelião de Stonewall em 1969, que deu origem ao que hoje conhecemos como o mês do orgulho em Junho, é importante se entender o contexto histórico daquele momento, e do lugar. Em 1962, nos Estados Unidos, o sistema judiciário havia acabado de considerar “legal” o relacionamento entre duas pessoas do mesmo gênero em meio a declarações de ódio da época. Apenas sete anos antes da rebelião de 1969.
Isso refletiu em o único estabelecimento abertamente queer da época, o Stonewall Inn, que ainda sim, mesmo com a legalização dada pelo judiciário dos Estados Unidos, sofria batidas da polícia, e eram frequentemente atacados. E por conta desses eventos, que em Junho de 1969 após uma apreensão de cunho violento da polícia nos frequentadores do local, que Marsha P. Johnson, e outras pessoas do bar, começaram a liderar um movimento de rebelião.
O que se passou dentro daquele bar, e também fora dele, quando as manifestações foram para as ruas, com cartazes e dizeres durante aquele mês, deu origem ao que hoje conhecemos como o Mês do Orgulho, celebrado em Junho, não apenas nos Estados Unidos e Brasil, como em outros países.
Embora curiosamente no Brasil, país onde mais ocorrem crimes de ódio contra LGBTQIAPN+s no mundo, foi a primeira nação das Américas a descriminalizar a homossexualidade – e uma das primeiras em todo o mundo.
A Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo começou somente em 1997, mas rapidamente se tornou uma das maiores do mundo, sendo hoje o evento que mais reúne turistas na capital paulista (e o segundo do Brasil, perdendo somente para o carnaval carioca).
Viajando novamente para este ano, a Parada do Orgulho, que já está na sua 26º edição, levantou o grito de que devemos também votar com orgulho. Carregando o olhar e o tom político para dentro do evento, visto que este ano o país passa pelo seu recorte de lados nas eleições.
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Por outro lado o “Vote com Orgulho” carrega o debate e o compromisso da população LGBTQIAPN+ por politicas públicas no combate à discriminação, e nas questões afirmativas à respeito da diversidade.
Em questões econômicas, a Prefeitura de São Paulo levantou que 80% das hotelarias de São Paulo tinham as suas locações ocupadas por conta da Parada, e que cada turista gastou, em média, R$1.600 reais, antes e depois do evento.
Entenda também como funciona o mês do orgulho LGBTQIAPN+ nas marcas!